Paraná anuncia construção de plantas solares e assina carta de incentivo ao biogás

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

08/Fev/2024 16:30 BRT

As secretarias estaduais do Planejamento e da Agricultura e do Abastecimento e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná) anunciaram R$ 14,6 milhões em investimento para a instalação de seis parques solares no modelo de geração distribuída no estado a partir de 2024. A ideia é que a energia fotovoltaica gerada nessas usinas seja abatida do consumo de todas as 412 unidades do instituto.

“A ideia é trabalhar com o conceito de fazendas solares, usando espaços que são patrimônio do estado, como colégios agrícolas e outras áreas. São investimentos que se pagam em poucos anos e permitem que o governo se torne 100% sustentável, gerando sua própria energia para economizar dinheiro público, além de ser exemplo de práticas sustentáveis”, disse o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva.

Juntas, as usinas somam 4,5 MW de capacidade instalada. A energia gerada será abatida do consumo das unidades do IDR. De acordo com o estado, a energia retornará à rede da Copel e de outras cinco empresas que operam nas cidades paranaenses (Cocel, Celesc, Cerpa, Energisa e CPFL), abatendo do que é consumido pelo instituto. Em média, cada unidade consome, 454 kWh de energia por mês, o que representa um gasto total de R$ 410 mil.

Segundo o coordenador do RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida, licitações serão feitas para construção das usinas até o final do ano, com o início da implantação dos parques solares prevista para o início de 2025.

“Com esse investimento, a expectativa é que em torno de três anos a gente recupere o valor que será investido nos parques, ficando depois mais 30 anos sem precisar pagar pela energia”, complementou.

Biogás

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) assinou uma carta conjunta em que se compromete a ampliar a implantação do biogás e biometano no meio rural. No documento, os signatários defendem o aumento dos financiamentos e dos subsídios para a implantação de usinas de biogás, além do uso “mais extenso” do biometano.

“O Paraná é um dos maiores produtores de alimentos do Brasil em quantidade, variedade e com sustentabilidade. Criamos o RenovaPR para incentivar os agricultores paranaenses a serem autossustentáveis em energia, o que reduz os custos, agrega valor aos produtos e, no caso do biogás, dá uma destinação com menos impacto ambiental aos resíduos da produção de proteína animal”, afirmou Ratinho Junior.

Para atingir o objetivo proposto, entidades ligadas ao setor rural manifestaram apoio público a isenções, subvenções de taxas de juros e utilização de créditos tributários pelo governo do estado; a construção de estruturas de apoio pelas prefeituras; o firmamento de parcerias com a Compagas para a constituição de um mercado de biometano com a participação de produtores e indústrias paranaenses; e a oferta de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).