Terceira turbina de eólica da Neoenergia tem operação suspensa por colapso em pá

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

19/Mar/2024 17:27 BRT

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a operação comercial da unidade geradora UG3, com 5,5 MW de potência instalada, da eólica Oitis 8, localizada em Dom Inocêncio, no Piauí. De titularidade da Neoenergia, a unidade, foi desligada após colapso de uma das pás do aerogerador em dezembro de 2023.

O mesmo parque teve a suspensão da operação comercial por conta de colapsos em pás das unidades geradoras UG5, em dezembro de 2022, e UG1, em junho de 2023.

Conforme nota técnica da agência, a companhia informou a operação comercial da unidade, prevista para ocorrer inicialmente em 6 de março de 2024, sendo prorrogada para 25 de abril devido à necessidade de revisar o plano de substituição da pá colapsada em razão das condições climáticas desfavoráveis na região.

Em nota enviada à MegaWhat, a Neoenergia destacou que implementou ações corretivas para o reestabelecimento da operação desta unidade geradora com “diligência e prontidão” e que seguirá acompanhando o caso com atenção, priorizando a operação com segurança.

A usina faz parte do complexo eólico Neoenergia Oitis, formado por 103 aerogeradores, com potência instalada de 566,5 MW.

Geração

No Paraná, no município de Guarapuava, a PCH Três Capões Novo (10 MW) recebeu aval para plena operação comercial.

Testes

Em Paracatu, no estado de Minas Gerais, a Aneel liberou a operação em teste da UFV Boa Sorte 8, com 44,1 MW de capacidade instalada.

As eólicas Ventos de Santa Luzia 04 e 12 receberam autorizações para operarem em teste dez unidades geradoras, num total de 45 MW, instaladas nos municípios de Ibitiara e Novo Horizonte, na Bahia.

Também no estado, mas na cidade de Xique-Xique, as eólicas Ventos de São Vitor 7 e 9 poderão operar três turbinas que somam 18,6 MW.

Com 4,5 MW, a eólica Ventos de Santa Luzia 12 recebeu o mesmo aval para a UG2, localizada nos municípios de Monte das Gameleiras, Serra de São Bento e São José do Campestre, no Rio Grande do Norte.

DRO

A Aneel registrou o recebimento do requerimento de outorga (DRO) de 532,2 MW em dois estados. No Mato Grosso, no município de Inocência, registrou o pedido da UTE Sucuriú, de 432,2 MW, de titularidade da Arauco Celulose do Brasil.

As UFVs Solar PI I e Solar PI II, somando 100 MW, localizadas no município de Coronel José Dias, Piauí, também tiveram as solicitações registradas.

Prorrogação

A autarquia prorrogou, até 9 de abril, duas tomadas de subsídios. Uma delas trata da necessidade de intervenção regulatória associada ao aumento da resiliência do sistema de distribuição e de transmissão a eventos climáticos extremos, já a outra procura verificar a necessidade de padrões nos relatórios de expurgos em situações de emergência a ser elaborado pelas distribuidoras.

>> Após eventos extremos, Aneel abre debate sobre intervenção regulatória e resiliência das redes.

 ACL

A agência também autorizou as empresas EGS Comercializadora de Energia, Federal Energia, Santa Maria Comercialização e Serviços de Energia e Suzano a atuarem como agentes comercializadores de energia elétrica no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

Alterações

Ainda foram aprovadas alterações no cronograma de implantação da PCH Colibri e da UTE Portocém I, que também passou por mudanças na localização, saindo de Caucaia, no Ceará, para Barcarena, no Pará, e no sistema de transmissão.

Modificações foram aceitas nas características técnicas das UFVs Arinos 1 e Arinos 32, Assu Sol 2 e 3 e Jusante 1 a 7  e da UTE Itamarati.  A eólica Umburana de Cheiro fez mudanças no posicionamento georreferenciado dos aerogeradores.

O término da vigência das outorgas das UHEs Castro Alves e 14 de julho também foi alterado pela Aneel.

Ainda foram aprovadas as transferências de autorizações das UFVs Jequitinhonha 1 e 2, Monte Alegre 1 a 6, Jusante 2 e 7, João Pinheiro 1 a 3, das eólicas Ventos de Santo Antônio 09 e São Rafael 12 a 17 e da UTE Santa Isabel.

Já a empresa Verdecom Comercializadora de Energia mudou a razão social para EDF Renewables Verdecom Comercializadora.

TFSEE

A agência anulou as parcelas da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) relativas aos empreendimentos CNH Buritis, CNH Campo Novo, CNH Cujubim, CNH Izidolandia, CNH Machadinho, CNH Nova Califórnia, CNH Pacarana, CNH União Bandeirantes, CNH Urucumacuã, CNH Valei do Anari, CNH Vila Extrema e CNH Vista Alegre, fixadas à Rovema Energia.