Eletronuclear inicia troca de combustível de Angra 2, que ficará parada por 48 dias

Rodrigo Polito

Autor

Rodrigo Polito

Publicado

07/Jun/2021 13:15 BRT

Categoria

Geração

A Eletronuclear iniciou no último domingo, 6 de junho, o procedimento de parada para reabastecimento de combustível da usina nuclear de Angra 2. A estimativa da companhia é que o processo, que inclui também manutenções, testes e inspeções, tenha duração de 48 dias.

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a térmica gerou 416 megawatts (MW) médios no último sábado. Ontem, a usina não gerou mais energia para o sistema.

Segundo a estatal de geração de energia nuclear, devido à situação da pandemia de covid-19 no país, o escopo das atividades de reabastecimento e manutenção de Angra 2 foi reduzido ao mínimo necessário. Serão realizadas 2.780 atividades, o equivalente a pouco mais de 60% das tarefas executadas nas paradas antes da pandemia.

Da mesma forma, houve redução na contratação de pessoal para o serviço. Ao todo, foram contratados 770 profissionais brasileiros e 70 estrangeiros, volume cerca de 30% abaixo do praticado em uma parada típica.

Mexilhão

Considerando o cronograma estipulado pela Eletronuclear, cerca de um mês após Angra 2 retornar à operação, a Petrobras deverá iniciar a parada para manutenção da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, importante via de escoamento de gás natural produzido em Mexilhão e em outros campos do pré-sal e pós-sal da Bacia de Santos.

Na última semana, a Petrobras confirmou que a parada para manutenção dessas instalações será iniciada em 15 de agosto e terá 30 dias de duração. De acordo com Petrobras, a parada para manutenção foi comunicada à Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em outubro de 2020, e em reuniões específicas com o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em março deste ano.

Segundo a estatal, em nota, a parada programada não pode ser adiada, “pois visa à segurança operacional e ao cumprimento de prazos normativos”.

A empresa, no entanto, informou que está adotando ações para mitigar impactos no fornecimento de gás durante a parada. Entre as medidas estão a ampliação da capacidade do terminal de regaseificação da Baía de Guanabara, de 20 milhões de m³/dia para 30 milhões de m³/dia, posicionamento no mercado de cargas e navios supridores de gás natural liquefeito (GNL) e negociação de novo contrato interruptível de incremento temporário da importação da Bolívia.